segunda-feira, 23 de abril de 2018

Estudo explica por que as baleias são tão grandes

A necessidade de reter calor na água é o motivo pelo qual as baleias são tão grandes, mostra estudo publicado no "PNAS". Elas ainda poderiam ser maiores se não fosse a necessidade de conter o metabolismo para evitar uma perda de energia ainda maior.
O tamanho de mamíferos aquáticos é um assunto debatido há muito tempo na ciência e muitas hipóteses foram formuladas -- uma delas é que a possibilidade de flutuar na água exerceria pouca pressão sobre o corpo dos animais; e, com isso, eles se tornariam maiores.
O que a análise de 3859 espécies de mamíferos aquáticos e de 2998 fósseis mostrou, no entanto, é que o crescimento de mamíferos aquáticos têm a ver com a preservação da energia e a manutenção do calor - e não com diferenças na pressão sobre o tamanho.
"Quando você é um mamífero muito pequeno, você perde calor para a água muito rápido. Não há comida que mantenha a temperatura", diz Jonathan Paine, coautor do estudo e professor da Universidade de Stanford.
A análise dos fósseis mostrou ainda que embora alguns mamíferos tenham forma corporal similar, eles não estão intimamente relacionados.
Focas e leões-marinhos estão mais relacionados aos cães, enquanto os peixes-bois têm os elefantes como ancestrais. Já as baleias e os golfinhos, estão mais relacionados aos hipopótamos.
O estudo dos fósseis e das espécies vivas mostrou também que quando esses animais terrestres foram para a água, eles chegaram rapidamente a aproximadamente 500 kg.
Um outro ponto é que aqueles com ancestrais menores, como o cachorro, cresceram mais que aqueles com ancestrais maiores, como o hipopótamo.
De acordo com os autores, esse achado sugere que ser grande é uma vantagem na água, mas só até determinado ponto.
A partir da análise, pesquisadores chegaram a uma teoria termoreguladora que se soma ao conjunto de hipóteses que tenta explicar o tamanho das baleias.
"Sob esse modelo energético, verificamos que o custo da termorregulação aumenta o tamanho, enquanto limitações na eficiência da alimentação o contém", escreveram os autores.




Fonte: G1 de março de 2018.




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